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GOIÂNIA | DEAM já registrou 17 ocorrências contra ginecologista preso por abuso sexual

Por Marcelo Justo 24 Janeiro 2018 Publicado em Região
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Joaquim de Souza, 58 anos Joaquim de Souza, 58 anos Reprodução/Mais Goiás

Após a divulgação da prisão do ginecologista Joaquim de Souza Lima Neto (58) por abuso sexual nesta terça-feira (23/01), a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) recebeu mais de 60 ligações de mulheres que foram vítimas do médico.


Segundo a titular da Deam, Ana Elisa Gomes, já foram registradas 17 ocorrências contra o suspeito.


Embora a representação do crime de estupro possa ser feita apenas no prazo de seis meses após cometimento do ato, a delegada incentiva que as vítimas, mesmo em casos antigos, procurem a delegacia para registrar ocorrência.


“Essa informações são importantes para que a gente possa traçar um perfil do investigado, porque eu não tenho dúvidas de que ele é um agressor contumaz e compulsivo, e essas informações podem ajudar a comprovar que ele utiliza da profissão dele para satisfazer essa compulsão”, ressalta Ana Elisa.


Algumas vítimas, contudo, temem a exposição e não tem coragem de procurar a delegacia. Esse é o caso da representante farmacêutica Bárbara Silva, que relatou o abuso que sofreu. Ela conta que, por conta da sua relação profissional, o ginecologista ofereceu um desconto na consulta.


“Na época eu não tinha condições de pagar o meu médico e eu precisava consultar”, explica.


Durante a consulta, que aconteceu em 2012, Bárbara conta que o médico introduziu o dedo em sua vagina e pediu para ela fechar os olhos.


“Ele fez comigo da mesma forma que fez com as outras mulheres”, diz ela em referência as notícias em que uma vítima relatou os abusos as autoridades.


Bárbara Silva então percebeu que o procedimento não era correto e abriu os olhos. Ao virar para o lado, viu o médico se masturbando.


“Eu fiquei atônita, sem reação. Aí ele disse: ‘calma, isso é normal. Estou fazendo isso para ver se você tem prazer'”, lembra.


O médico ainda tentou dar justificativas para o ato, mas a representante vestiu a roupa e saiu do consultório.


“Eu nem acertei a consulta. Saí do consultório chorando”.


Bárbara conta que, na época, ela estava se separando do marido e não teve coragem de denunciar o abuso. Hoje ela está casada com outro homem e mora em outro Estado, mas ainda teme pela exposição.


“O meu esposo é empresário na cidade, e é uma cidade muito pequena”, diz.


Funcionária
Outra vítima que relatou os abusos sofridos pelo ginecologista é a instrumentadora cirúrgica Maria do Socorro, que trabalhou com o médico durante dois anos no final da década de 1990.


Ela conta que, na época, era muito nova e pobre, e achava o ginecologista muito brincalhão. Por isso, quando Joaquim de Souza a agarrou no seu consultório, ela até pensou que fosse brincadeira.


Maria diz já era no final do expediente quando o médico a chamou no consultório e, por conta disso, não tinha ‘quase’ ninguém no hospital.


“Ali no consultório ele tentou me agarrar, eu pensava que era brincadeira e comecei a rir, depois pedi para parar, mas ele me controlou e me pegou dentro do consultório, com penetração e tudo”, descreve. “Foi tudo muito rápido, mas ficou gravado na cabeça”, disse emocionada.


Na época, a instrumentadora nem pensou em denunciar o ginecologista porque ela era pobre, tinha um filho para criar e dependia do emprego, e ela também sabia que o médico era rico.


“A primeira coisa que me passou na cabeça foi o poder financeiro que ele tinha”.


O médico, ainda segundo Maria, tentou abusar dela duas outras vezes, mas ela conseguiu se esquivar dele.


“Eu já não entrava mais no consultório dele e fiquei mais ‘esperta’ com ele”, relata.


Hoje, Maria do Socorro mora em outro país, mas pretende, através de uma procuração, denunciar o médico.


“Ele está atuando há quantos anos assim? Ele tem um problema psicológico, isso tem que acabar”.


Leia também:
GOIÂNIA | Ginecologista é preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes


Fonte: Mais Goiás (com adaptações)

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